A polícia turca usou gás lacrimogêneo e canhões de água para conter um grupo de manifestantes que protesta em Istambul neste sábado (1º), informou a agência Reuters.
O que começou na segunda-feira (27) como uma manifestação contra a derrubada de cerca de 600 árvores do Parque Taksim Gezi para a construção de um empreendimento imobiliário ampliou-se para uma manifestação maior contra o partido islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP), do primeiro-ministro Tayyip Erdogan (AKP).
A versão eletrônica do jornal "Hürriyet", citando fontes policiais, informou que 81 pessoas já foram presas em confrontos violentos com a polícia. O número de feridos por balas de borracha e gás lacrimogêneo decorrentes de um confronto nesta sexta (31) também não para de crescer.
Médicos disseram que cerca de 1.000 pessoas ficaram feridas nos confrontos em Istambul na sexta-feira, considerados as mais ferozes manifestações anti-governamentais durante anos. A associação de médicos turcos disse que houve manifestantes que perderão a visão após setem atingifos pelo gás.
Neste sábado, manifestantes anti-governo usaram lenços e máscaras cirúrgicas para gritar "Vamos nos unir contra o fascismo" e "Demitir o Governo", quando tentaram descer a rua para Taksim, disse uma testemunha à Reuters.
No bairro de Besiktas, manifestantes entraram em confronto com a polícia nas margens do Bósforo, depois de atravessar uma ponte em uma aparente tentativa de chegar a Taksim.
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